Santana do Ipanema realizará no próximos dias 13 e 14 de Abril o VI Congresso Estadual de
Radiodifusão Comunitária (ABRAÇO ALAGOAS) no auditório da Vara
do Trabalho do TRT, com atemática: "Os novos desafios para
as Rádios e TV’s Comunitárias em Alagoas: financiamento público, formação e
qualificação profissional".
Os desafios que se
apresentam na atualidade para a radiodifusão comunitária brasileira e,
especialmente, para a alagoana, exigem o enfretamento de fatores diversos que
impedem a alavancagem e a consolidação desses veículos de comunicação como
ferramentas e instrumentos de empoderamento popular. Deficiências técnicas e
operacionais, limitação de recursos financeiros e humanos, com formação
insuficiente dos comunicadores populares, são exemplos e desafios a serem
vencidos pelas Radcom’s e TVCOM’s.
As restrições impostas à
radiodifusão comunitária no que diz respeito à captação de recursos e aos
riscos de utilização político-eleitoral das rádios e das tevês comunitárias
também são desafios a serem superados, como superado está para o conceito de
Radiodifusão Comunitária como atividade criminosa, haja vista que atualmente em
Alagoas existem 69 emissoras legalizadas, sendo 68 com Licenças Definitivas e
01 com Licença Provisória. Na prática isso representa uma quantidade maior que
o conjunto de todo as rádios educativas e comerciais (AM, FM, OM e OT) em
funcionamento no estado. Em todo o território nacional já são 4.781 emissoras
comunitárias legalizadas, sendo 4.449 com Licenças Definitivas e 332 com
Licenças Provisórias. E até o final serão licenciadas mais 706 Rádios
Comunitárias em todo o Brasil. Destas, 16 estão destinadas para Alagoas, que
terminará o ano de 2013 com 85 Radcom’s autorizadas.
Para que a Radiodifusão
Comunitária realmente exerça seu papel social e as suas finalidades legais,
como um forte instrumento de promoção dos direitos humanos, faz-se necessário
uma verdadeira democratização da comunicação e da informação, com o
comprometimento dos gestores públicos, que devem utilizar parte dos recursos do
erário para a ampliação e melhoria das políticas públicas, fortalecendo as
relações éticas em suas ações, inclusive em relação à comunicação social, com o
objetivo de combater a vergonhosa desigualdade na distribuição das verbas
públicas destinadas à publicidade institucional.
A Radiodifusão
Comunitária é, de fato, um instrumento político e social, mas não
político-eleitoral. Nesse conceito, considera-se de instrumento político tem a
responsabilidade de significar, tematizar e problematizar com eficiência,
eficácia e efetividade as necessidades humanas. Entretanto, deve-se evitar a
sua utilização político-eleitoral como palanque midiático para manutenção da
atual estratificação social, representada pela divisão da sociedade em classes,
retrato fidedigno da desigualdade social, da reprodução de preconceitos e da
concentração da riqueza e da propriedade privada.
Nesse contexto, as
emissoras e os comunicadores comunitários (as), integrantes do setor público de
comunicação social, exigem respeito e tratamento digno dos gestores públicos e
dos diversos setores sociais. Portanto, as Abraços, Estadual e Nacional,
convocam a categoria de comunicadores (as) comunitários (as) e populares para
realmente ser autora da transformação social que desejamos e buscamos em favor
da dignidade humana, que pode ser efetivada com a quebra dos atuais e hegemônicos paradigmas econômicos e sociais,
excludentes e perversos.
UNIDOS SEREMOS FORTES!
PROGRAMAÇÃO
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