terça-feira, 9 de abril de 2013

VI Congresso da ABRAÇO Alagoas acontece dias 13 e 14 de Abril em Santana do Ipanema





 
Santana do Ipanema realizará no próximos dias 13 e 14 de Abril o VI Congresso Estadual de Radiodifusão Comunitária (ABRAÇO ALAGOAS) no auditório da Vara do Trabalho do TRT, com atemática: "Os novos desafios para as Rádios e TV’s Comunitárias em Alagoas: financiamento público, formação e qualificação profissional".




Os desafios que se apresentam na atualidade para a radiodifusão comunitária brasileira e, especialmente, para a alagoana, exigem o enfretamento de fatores diversos que impedem a alavancagem e a consolidação desses veículos de comunicação como ferramentas e instrumentos de empoderamento popular. Deficiências técnicas e operacionais, limitação de recursos financeiros e humanos, com formação insuficiente dos comunicadores populares, são exemplos e desafios a serem vencidos pelas Radcom’s e TVCOM’s.

As restrições impostas à radiodifusão comunitária no que diz respeito à captação de recursos e aos riscos de utilização político-eleitoral das rádios e das tevês comunitárias também são desafios a serem superados, como superado está para o conceito de Radiodifusão Comunitária como atividade criminosa, haja vista que atualmente em Alagoas existem 69 emissoras legalizadas, sendo 68 com Licenças Definitivas e 01 com Licença Provisória. Na prática isso representa uma quantidade maior que o conjunto de todo as rádios educativas e comerciais (AM, FM, OM e OT) em funcionamento no estado. Em todo o território nacional já são 4.781 emissoras comunitárias legalizadas, sendo 4.449 com Licenças Definitivas e 332 com Licenças Provisórias. E até o final serão licenciadas mais 706 Rádios Comunitárias em todo o Brasil. Destas, 16 estão destinadas para Alagoas, que terminará o ano de 2013 com 85 Radcom’s autorizadas.

Para que a Radiodifusão Comunitária realmente exerça seu papel social e as suas finalidades legais, como um forte instrumento de promoção dos direitos humanos, faz-se necessário uma verdadeira democratização da comunicação e da informação, com o comprometimento dos gestores públicos, que devem utilizar parte dos recursos do erário para a ampliação e melhoria das políticas públicas, fortalecendo as relações éticas em suas ações, inclusive em relação à comunicação social, com o objetivo de combater a vergonhosa desigualdade na distribuição das verbas públicas destinadas à publicidade institucional.

A Radiodifusão Comunitária é, de fato, um instrumento político e social, mas não político-eleitoral. Nesse conceito, considera-se de instrumento político tem a responsabilidade de significar, tematizar e problematizar com eficiência, eficácia e efetividade as necessidades humanas. Entretanto, deve-se evitar a sua utilização político-eleitoral como palanque midiático para manutenção da atual estratificação social, representada pela divisão da sociedade em classes, retrato fidedigno da desigualdade social, da reprodução de preconceitos e da concentração da riqueza e da propriedade privada.

Nesse contexto, as emissoras e os comunicadores comunitários (as), integrantes do setor público de comunicação social, exigem respeito e tratamento digno dos gestores públicos e dos diversos setores sociais. Portanto, as Abraços, Estadual e Nacional, convocam a categoria de comunicadores (as) comunitários (as) e populares para realmente ser autora da transformação social que desejamos e buscamos em favor da dignidade humana, que pode ser efetivada com a quebra dos atuais e  hegemônicos paradigmas econômicos e sociais, excludentes e perversos.

 UNIDOS SEREMOS FORTES!

PROGRAMAÇÃO

 



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